Tudo começa quando o objeto de sua adoração lhe dá uma dose generosa, alucinante de algo que você nunca ousou admitir que queria -um explosivo coquetel emocional,talvez,feito de amor estrondoso e louca excitação. Logo você começa a precisar dessa atenção intensa com a obsessão faminta de qualquer viciado.Quando a droga é retirada, você imediatamente adoece,louco e em crise de abstinência...Enquanto isso, o objeto de sua adoração agora sente repulsa de você. Ele olha para você como se você fosse alguém que ele nunca viu antes, muito menos alguém que um dia amou com grande paixão. A ironia é que você não pode culpá-lo.
sábado, 28 de agosto de 2010
O que é solidão
Solidão
Não é a falta de gente
para conversar, namorar, passear,fazer sexo...
Isto é carência.
Solidão
Não é o sentimento que experimentamos
pela ausencia de entes queridos,
quando não podem mais voltar.
Isto é saudade.
Solidão
Não é o retiro voluntário
que a gente se impõe, às vezes,
para realinhar os pensamentos.
Isto é equilíbrio...
Tão pouco é o claustro involuntário
que o destino nos impõe compulsoriamente,
para que revejamos a nossa vida...
Isto é princípio da natureza...
Solidão
é quando nos perdemos de nós mesmos
e procuramos em vão pela nossa alma!
quarta-feira, 25 de agosto de 2010
EU ESCREVI UM POEMA TRISTE
Eu escrevi um poema triste
E belo, apenas da sua tristeza.
Não vem de ti essa tristeza
Mas das mudanças do Tempo,
Que ora nos traz esperanças
Ora nos dá incerteza...
Nem importa, ao velho Tempo,
Que sejas fiel ou infiel...
Eu fico, junto à correnteza,Olhando as horas tão breves...
E das cartas que me escreves
Faço barcos de papel!
Retrato
"Eu não tinha este rosto de hoje,
assim calmo, assim triste, assim magro,
nem estes olhos tão vazios, nem o lábio amargo.
Eu não tinha estas mãos sem força,
tão paradas e frias e mortas;
eu não tinha este coração que nem se mostra.
Eu não dei por esta mudança,
tão simples, tão certa, tão fácil:
Em que espelho ficou perdida a minha face?"
terça-feira, 10 de agosto de 2010
Loucura da Madrugada
Era começo de uma manhã sem sol
Ainda dizia boa noite
Desorientado
Andei até cair no chão
Sede de madrugada
Já silêncio para meus ouvidos
A cabeça rodava
Ainda dizia boa noite
Desorientado
Andei até cair no chão
Sede de madrugada
Já silêncio para meus ouvidos
A cabeça rodava
Barba por fazer
Brilho nos olhos vermelhos
Todo o peso de mim
Quase que asfalto a dentro
Quase que estômago a fora
Quase que nem era eu
E posso dizer com certeza
Lembro-me nitidamente
De nada ter visto.
Tenho um lago de palavras desordenadas...
Tenho um lago de palavras desordenadas, bem no meio do meu jardim secreto, escondido no lado oculto da minha mente, que ninguém conhece a não ser eu. São palavras de todos os tamanhos, de todas as cores e feitios. Algumas são tão leves, que se esgueiram pelo meio das outras, emergindo num bailado borbulhante de letras...
Outras, são mais pesadas e mantêm-se no fundo, presas ao chumbo cinzento que as reveste. Há ainda aquelas, que não sendo leves nem pesadas, formam uma massa uniforme que se passeia pacientemente em pequenos círculos fechados e submersos.
Há palavras, que, de tão belas, são as que mais brilham no meio de todas, provocando olhares de inveja nas outras, pois seriam sempre as primeiras a ser escolhidas, para adornar um qualquer poema de amor, que algum poeta apaixonado pela sua musa inspiradora se lembrasse de escrever.
Há outras, que de tão feias serem, pouca gente lhes dá importância, rejeitando-as desde sempre. São usadas na voz da noite vadia, vomitadas pelas bocas podres dos que pernoitam a margem das linhas rectas da vida, em calões e gírias que só eles entendem...
Tenho tantos lugares ainda desertos, nas linhas imaginárias do meu caderno amarelo de poemas, que vou escrevendo em segredo. Espero só pelo momento certo...
Mas hoje não! Hoje não vou escrever nada...
Outras, são mais pesadas e mantêm-se no fundo, presas ao chumbo cinzento que as reveste. Há ainda aquelas, que não sendo leves nem pesadas, formam uma massa uniforme que se passeia pacientemente em pequenos círculos fechados e submersos.
Há palavras, que, de tão belas, são as que mais brilham no meio de todas, provocando olhares de inveja nas outras, pois seriam sempre as primeiras a ser escolhidas, para adornar um qualquer poema de amor, que algum poeta apaixonado pela sua musa inspiradora se lembrasse de escrever.
Há outras, que de tão feias serem, pouca gente lhes dá importância, rejeitando-as desde sempre. São usadas na voz da noite vadia, vomitadas pelas bocas podres dos que pernoitam a margem das linhas rectas da vida, em calões e gírias que só eles entendem...
Tenho tantos lugares ainda desertos, nas linhas imaginárias do meu caderno amarelo de poemas, que vou escrevendo em segredo. Espero só pelo momento certo...
Mas hoje não! Hoje não vou escrever nada...
Tristeza
Essa minha fisionomia que agora vistes,
Onde apesar da tristeza, há um encanto,
São minhas saudosas melodias que canto
Minha tristeza e não alegrias que ouviste
Por agora é isto, um lamento ... Enquanto,
Um sentir possa renascer, como sentistes:
Mas agora, me transformo em dores tristes,
Mas não se perturbe, com isso, portanto.
Eu me reinvento a cada linha, eu sobrevivo;
Até mais forte e bela, do que o era antes
É um sentido buscado, e por isso eu vivo
E se chorarei pelos cantos, como agora ando,
Viverei esse amor, essa dor, olhos cintilantes
E de tão infeliz, com lágrimas, sigo amando.
segunda-feira, 9 de agosto de 2010
Confesso-te meus segredos
Confesso-te meus segredos, sussurrando-te
ao ouvido baixinho. Escutas-me com enlevo
e presta atenção, acenando-me com a cabeça,
em sinal de concordância.
Porque os meus segredos, são
os teus também e assim fácil se torna, toda
e qualquer compreensão, de um desejo mútuo,
que reafirmamos, guardando-o no fundo
do coração.
Nada se esconde, pois que em verdade vivemos
e amamos. Que nos importa, o que digam as gentes
e o Mundo? a ninguém nosso amor escarnece,
que em caminhos sem escombros caminhamos.
Alvéloa criatura, que no céu fazes o teu ninho,
teu cantar mavioso, vem encantar o nosso dia!
E em alpendres sentados, mãos dadas, sorrimos,
para quem nos queira ouvir e se deixar contagiar,
pela nossa alegria, que nos trouxe a avezinha,
manhãzinha farta.
Fechado o álbum, de nossos mistérios,
beijamo-nos, e, tal qual a avezinha, partimos,
rumo aos céus, seguindo a encosta do vento –
que é mais brisa, na folha, que outra coisa qualquer.
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